Corpos de cristal
De súbito, um espaço em branco. Um buraco que sangra no peito. A vertigem do vazio.
O tempo cura. A dor passa. Dos vidros estilhaçados nasce um cristal.
Tens luz em ti. Tens forças que não imaginavas. Tens o mundo para ti.
Finalmente, abraças-me. Sem medos. Choras, de emoção e riso.
Os olhos nos olhos de quem se quer ver. Os lábios nos lábios de quem se quer falar.
O luar ilumina o orvalho nos corpos, saudosos, um do outro, afagados pelo sol ao amanhecer.